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terça-feira, 30 de outubro de 2012

ACRÓSTICO

Mais um recurso poético


Acróstico é um recurso poético em que as letras iniciais dos versos formam uma palavra ou frase na vertical. Muitas vezes os acrósticos revelam um nome próprio. os poetas populares usam muito o recurso do acróstico com o próprio nome para identificar seus textos.
Assim, indicam que os cordéis expostos em espaços públicos, como feiras, são deles.Deixo aqui dois acrósticos. Um deles pertence a um dos nossos maiores poetas populares: Patativa do Assaré.Foi um dos mais importantes representantes da cultura popular nordestina,(voltada para o povo marginalizado e oprimido do sertão nordestino). Compositor, poeta e improvisador: O outro acróstico é de minha autoria, não me considero poeta, apenas gosto de refletir um pouco e escrever sobre o que penso, como me sinto, o que me inquieta ou tão somente brincar com as palavras e vê no que vai dar. Sugiro que você que está lendo esse texto faça também o seu acróstico e o publique aqui como comentário, é fácil, vamos começar?

                                                                           


Posso dizer que cantei                             
Aquilo que observei                                 
Tenho certeza que dei                              
Aprovada a relação                                
Tudo é tristeza e amargura                       
Indigência e desventura                            
Veja, leitor, quanto é dura                        
seca no meu sertão.
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  Gosto de observar: O céu, o mar, coisas e pessoas
   Isso tem algum valor? Não sei, às vezes desconheço a mim
   Levo uma vida discreta vivendo o meu dia a dia
   Discreto é um adjetivo ou rima com poesia?
   Eu e meu mundo, eu e meus medos, quero viver numa boa
   Não quero ser levada da minha janela,
   Era o que eu queria falar, nenhum lugar é melhor.
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alagoas, O Paraíso é aqui!!!


                                          Alagoas,  terra de um povo hospitaleiro,
                                          coração verdadeiro, sempre pronto a abraçar,
                                          a você, turista brasileiro ou estrangeiro.
                                          que vem de longe conhecer este lugar.
                                          Estado de águas claras e mansas,
                                          gente simples que encanta. E como
                                          diz o poeta Setton " Não há quem não
                                          morra de amores pelo meu lugar."                                                           
                                                               Gil Oliveira

Conheça as belezas, a cultura e os valores de uma das regiões mais belas do litoral brasileiro. Vídeo, produzido pelo Arranjo Produtivo Local APL Turismo Costa dos Corais, uma parceria do Sebrae/AL e Governo de Alagoas.

domingo, 28 de outubro de 2012

Fauzi Arap


Eu vou te contar que você não me conhece,
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
Me ouve.
A sedução me escraviza a você
Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso ao que
Eu criei
E não a mim.

E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo

Maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das
Atenções.

Mas a mentira da aparencia do que eu sou,

E a mentira da aparencia do que você é.
Porque eu,
Eu não sou o meu nome,
E você não é ninguém.

O jogo perigoso que eu pratico aqui,

Ele busca chegar ao limite possível de aproximação,
Através da aceitação da distância e do reconhecimento
Dela.

Entre eu e você existe

A noticia que nos separa
Eu quero que você me veja nu
Eu me dispo da noticia
E a minha nudez parada
Te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras
Com as quais
Você me veste.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UCA

http://www.uca.gov.br/institucional/



Formação UCA

Módulo III - atividade- Questionamentos No Cotidiano da Sala de Aula.


                                      A participação e interação dos alunos em sala de aula é de extrema importância para a formação crítica dos mesmos, vale ressaltar que é através dos questionamentos levantados pelo professor, a discussão de temas que gerem um debate produtivo que oportunizará essa interação, fomentando caminhos, descobertas para uma aprendizagem ativa e não monótona. Numa abordagem sistematizada de ensino, obviamente com o cuidado de se estabelecer critérios para esses questionamentos, dando-lhes direção; de modo que se possa observar compreensão por parte dos educandos.

                                                                       Gil Oliveira

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pôr do Sol ( Sorriso Maroto)


Se você deixou de acreditar
Se a vida só faz piorar
Pegue a estrada e desligue o celular
Veja o pôr do sol, em frente ao mar
Problemas na vida todo mundo tem
Você não é pior nem melhor que ninguém
Se quiser amar aprenda a se doar
Faça que os erros te façam crescer
Na dúvida escolha o melhor pra você
Dê mais importância a quem lhe quer bem
E a vida há de ser bem melhor, pode crer
E na vida ame mais sem porém nem porquê
Que a vida passa depressa
Não perca tempo
Que o final só Deus pode prever
Cante a vida, na beleza da imperfeição
Dance a vida, feche os olhos, tire os pés do chão
Viva a vida, ouça os seus discos
Reveja os amigos
Que o melhor nessa vida
É viver de coração!

Ao meu avô Pedro Oliveira


A história do meu avô nada teve de extraordinário, foi um homem simples que soube com maestria transmitir o seu legado de conhecimento, honestidade e profundo afeto, sensível apesar de sua expressão austera, trazia no rosto a marca implacável do tempo e com essas marcas muita história para contar. Gostava de citar frases bíblicas, principalmente provérbios, era um leitor na mais profunda expressão da palavra, a leitura o acompanhava onde quer que fosse, sempre as voltas com um jornal, livros, revistas, bebia de todas as águas literárias. Amante da boa música fez-me crescer no berço esplêndido da música popular brasileira; nomes como Ataulfo Alves, Lupicínio Rodrigues, Nelson Gonçalves, Lamartine Babo, entre tantos outros, eram parte do seu acervo musical e teve uma influência relevante na minha vida. Desde cedo me presenteava com livros e sempre pedia para eu ler ouvindo atento cada palavra, despertando em mim o gosto pela leitura e consequentemente por músicas de qualidade, o que é raro em nossos dias (música de qualidade). 
Obrigada Pedro Oliveira, meu avô, meu pai, meu amigo, sempre serei sua fã!!         A você dedico este poema que fiz quase três meses após sua partida  uma maneira de o homenagear ao tempo em que expressava minha saudade, meu primeiro aniversário sem você!!! 


    Hoje faço 16 anos
não estou alegre nem triste
a vida passa por mim sem que eu a perceba
com seus risos e afãs
com seus sonhos e desencantos
e eu nem sonho nem me desencanto
sinto apenas o desejo de voltar a ser a menina que fui e fazê-la sorrir novamente
mas a menina não mais existe
batam palmas sorriam todos
que a menina que não sorriu em meus lábios há de chorar em meus olhos.
Quando eu era pequena meu avô dizia:
- Dorme filha!
e eu dormia.
Hoje grande lembro do meu avô e falo:
-Acorda Vô!
e meu avô dorme!

                               

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Talentos Alagoanos - Eliezer Setton



Alagoas, terra do proclamador da República e primeiro Presidente do Brasil. Orgulho-me de ser alagoana!!! conheça um pouco da nossa cultura.
                         



Filho de Salomão Setton Neto, que foi Rei Momo do carnaval de Maceió por 19 anos consecutivos, e de Terezinha Otílio Setton, Eliezer Setton começou a compor em 1976 e no ano seguinte participou do seu primeiro festival de música, o que resultou em sua primeira música gravada,Desesperança, e lhe proporcionou o ingresso no já existente Grupo Terra, grupo musical que foi um marco da cultura alagoana do final dos anos 70 e início dos anos 80.
Em 1983, depois de distinguir-se no IV Festival Universitário de Música, promovido pelo Diretório Central Estudantil da Universidade Federal de Alagoas, conquistando o segundo e terceiro lugares como compositor, além do prêmio de melhor intérprete, aventurou-se como músico da noite atuando em Maceió, São Paulo (1984) e Rio de Janeiro (1985-1989), fazendo o tradicional voz e violão. De volta a Maceió, em 1989, continuou sua trajetória de festivais, culminando com as participações no Canta Nordeste (transmitido ao vivo pela Rede Globo para toda a Região), onde foi finalista em 1994 e 1995 com as músicas Serra Pau e Quem dera que sesse, respectivamente.
Compositor eclético, é na música nordestina que vem colhendo os melhores frutos. Da parceria com Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho do Acordeon, surgiu Campo Formoso, o primeiro forró com sanfona e tudo, gravado por Eliezer num disco de Pedro Sertanejo, em 1982. Da parceria com Oswaldinho do Acordeon, nasceu, dentre outras, Na hora H, música que Elba Ramalho gravou em 1992 e foi indicada para o VI Prêmio SHARP. O casamento com o Forró estava sacramentado e o compositor passou a ser gravado pelos intérpretes do cancioneiro nordestino.
No dia 11 de agosto de 1995, no Circo Pirueta, armado na pista de aeromodelismo da Praça Sinimbu, em Maceió, abriu a Primeira Mostra de Inverno de Música, o que seria seu primeiro espetáculo solo à frente de uma banda. O compositor convenceu o intérprete a trilhar também o caminho do forró.
                                                                       
Em 2009, Eliezer amplia o leque de gêneros e grava o CD "Brasil - Hinos à Paisana", cujo repertório contempla dez dos mais representativos hinos do cancioneiro cívico brasileiro.




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Em 2011, Eliezer volta ao Forró no CD "O Quelso", que apresenta uma exclusiva e interessante versão da popular "My way", que ganha ares forrozeiros e ficou "Bem a meu jeito"

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TRADUZIR-SE



Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.



uma parte de mim

é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.



Uma parte de mim

pesa, pondera:
outra parte
delira.



Uma parte de mim

é permanente:
outra parte
se sabe de repente.



Uma parte de mim

é só vertigem:
outra parte,
linguagem.



Traduzir-se uma parte

na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

Ferreira Gullar