Visitantes do Mundo

sábado, 22 de setembro de 2012

Amor no Laboratório


Quando Martin encontrou Robin pela primeira vez, sentiu uma atração tão forte que lhe parecia um enorme sacrifício ficar longe dela, mesmo que por apenas alguns minutos. Foi recíproco. Robin mudou toda a hierarquia de suas prioridades: tudo o que lhe parecia importantíssimo tornou-se banal. O único assunto que lhe interessava passou a ser Martin. Ela engravidou logo depois da primeira relação sexual e ele se empenhou brilhantemente em ajudá-la a cuidar da família. Hoje, passados alguns anos, os dois ainda estão juntos. E qualquer um que os conheça de perto tem absoluta certeza de que eles nem concebem a idéia de viver separados. Podemos afirmar que Martin e Robin se amam.
Robin e Martin são ratos. Sem ofensa. Os dois são arganazes-do-campo, um simpático roedor do centro-oeste americano. Eles pertencem a uma das espécies mais românticas do mundo, uma das poucas nas quais há monogamia e macho e fêmea criam juntos seus filhotes (95% dos mamíferos têm hábitos bem mais promíscuos). Robin e Martin podem não ser um casal tão famoso quanto Romeu e Julieta ou Brad Pitt e Jennifer Aniston, mas seu romantismo, que tem sido cuidadosamente estudado num laboratório da Universidade de Illinois, Estados Unidos, tem trazido grandes avanços para a ciência na tentativa de explicar o amor.
Por serem monogâmicos, os arganazes-do-campo são as cobaias perfeitas para os experimentos que vêm sendo desenvolvidos com um hormônio chamado ocitocina. Para os cientistas, a ocitocina é uma proteína produzida no sistema límbico cerebral – a estrutura do cérebro envolvida no processamento de sentimentos e sensações. Ela age especificamente na região que comanda o mecanismo de recompensa. Mas poderíamos simplificar a definição e dizer que a ocitocina é um “elixir do amor”. Veja o caso de Martin e Robin. Os dois receberam injeções de ocitocina logo antes de se “apaixonarem” um pelo outro.

Fonte de Pesquisa: Revista Superinteressante

3 comentários:

  1. adorei o texto, realmente o amor desencandeia uma valorosa transformação em nosso organismo, mas se for correspondido é bem melhor.

    ResponderExcluir
  2. os humanos deveriam seguir a risca esse exemplo

    ResponderExcluir
  3. Dene tou com bastante orgulho de vc!!!!

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário