Visitantes do Mundo

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Martha Medeiros

"A leitura faz eu mirar em mim e acertar no que eu nem sabia que também sentia e pensava. E, por outro lado, me ajuda a matar tudo o que pode haver em mim de limitante: preconceitos, ideias fixas, hipocrisias, solenidades, dores cultuadas. Lendo, eu caço a mim e atiro em mim." 

Martha Medeiros

Para quem se sente só....


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nosso
s túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. 
( Carlos Drummond de Andrade )

 Considerações sobre o poema

 O medo da vida é o que conduz a poética, pois, agora, o poeta diz: “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte/depois morreremos de medo”, não o sentimento da morte que aflige o poeta, nem tão pouco o sentimento de morte que o move, e sim, a ideia da vida que continua o seu percurso normal das coisas. Em Congresso internacional do medo, o poeta declara que “provisoriamente não cantaremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos”. O amor não faz parte do mundo presente, pois a linguagem que prevalece é a do medo, por isso, percebemos o exílio desse sentimento que existe, mas não se faz presente e, está abaixo do subterrâneo. Logo adiante o poeta continua a declarar:  “Cantaremos o medo, que esteriliza os braços/não cantaremos o ódio porque esse não existe”. Até o “ódio” não é suficiente para mover a indignação do sujeito, que vive esmagado pelo sentimento de medo, pois somente o medo tem o poder de paralisar os “braços”, o corpo, a vida. O medo tornou-se “pai” e “companheiro” na árdua tarefa de prosseguir o sentido da existência:

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Gosto de Você!


Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade. Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, um canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama animais; admira paisagens, poeira; e escuta.
Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si. Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis por mais desgastantes que sejam. Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Com muito amor dentro de si. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim........ e desconfio que é desse tipo de gente que Deus também gosta!


Arthur da Távola

sábado, 10 de novembro de 2012

Procura da Poesia


...Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ler é criar...

                 

                    Ler é criar um Universo paralelo, a medida que você lê um livro o livro lê você.

Vida Rima Com Poesia II















Vida rima com poesia
Vida rima com alegria
Vida rima com canção
Só não rima com agonia
Tristeza e melancolia
Ansiedade e inquietação
A um espírito sofredor
que está sem luz e calor
um conselho quero dar,
faça sua poesia,escreva a sua agonia
 não cura mas, alivia!



Gil Oliveira

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

5 de Novembro – Dia Nacional da Língua Portuguesa


5 de Novembro – Dia Nacional da Língua Portuguesa
5 de Novembro – Dia Nacional da Língua Portuguesa

Lei número 11.310, de 12 de junho de 2006, institui o dia 5 de novembro como Dia Nacional da Língua Portuguesa no Brasil.

Essa data não foi escolhida ao acaso. 5 de novembro é o dia do aniversário de RUI BARBOSA, um dos mais ferrenhos defensores da língua portuguesa no Brasil, intelectual, jurista, político e jornalista.

A trajetória desse brasileiro registra não só sua inteligência privilegiada, mas também sua grande capacidade de trabalho. Participou de todas as grandes questões de sua época e da própria fundação da República. Liberal nato, orador e estudioso da Língua Portuguesa, foi presidente da Academia Brasileira de Letras em substituição a Machado de Assis. Sua produção intelectual é vastíssima, representou o Brasil com brilhantismo na Segunda Conferência Internacional da Paz, em Haia.

O idioma português é falado por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, em oito países: Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

Fonte: Patriotismo
Lei número 11.310, de 12 de junho de 2006, institui o dia 5 de novembro como Dia Nacional da Língua Portuguesa no Brasil.

Essa data não foi escolhida ao acaso. 5 de novembro é o dia do aniversário de RUI BARBOSA, um dos mais ferrenhos defensores da língua portuguesa no Brasil, intelectual, jurista, político e jornalista.

A trajetória desse brasileiro registra não só sua inteligência privilegiada, mas também sua grande capacidade de trabalho. Participou de todas as grandes questões de sua época e da própria fundação da República. Liberal nato, orador e estudioso da Língua Portuguesa, foi presidente da Academia Brasileira de Letras em substituição a Machado de Assis. Sua produção intelectual é vastíssima, representou o Brasil com brilhantismo na Segunda Conferência Internacional da Paz, em Haia.

O idioma português é falado por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, em oito países: Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

Fonte: Patriotismo

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ACRÓSTICO

Mais um recurso poético


Acróstico é um recurso poético em que as letras iniciais dos versos formam uma palavra ou frase na vertical. Muitas vezes os acrósticos revelam um nome próprio. os poetas populares usam muito o recurso do acróstico com o próprio nome para identificar seus textos.
Assim, indicam que os cordéis expostos em espaços públicos, como feiras, são deles.Deixo aqui dois acrósticos. Um deles pertence a um dos nossos maiores poetas populares: Patativa do Assaré.Foi um dos mais importantes representantes da cultura popular nordestina,(voltada para o povo marginalizado e oprimido do sertão nordestino). Compositor, poeta e improvisador: O outro acróstico é de minha autoria, não me considero poeta, apenas gosto de refletir um pouco e escrever sobre o que penso, como me sinto, o que me inquieta ou tão somente brincar com as palavras e vê no que vai dar. Sugiro que você que está lendo esse texto faça também o seu acróstico e o publique aqui como comentário, é fácil, vamos começar?

                                                                           


Posso dizer que cantei                             
Aquilo que observei                                 
Tenho certeza que dei                              
Aprovada a relação                                
Tudo é tristeza e amargura                       
Indigência e desventura                            
Veja, leitor, quanto é dura                        
seca no meu sertão.
* ● ¸. ★ °:. *. • ○ ° ★☾ . *:. * ● ¸. ★ °:. *. • ○ ° ★☾ . *:. * ● ¸. ★ °:.
  Gosto de observar: O céu, o mar, coisas e pessoas
   Isso tem algum valor? Não sei, às vezes desconheço a mim
   Levo uma vida discreta vivendo o meu dia a dia
   Discreto é um adjetivo ou rima com poesia?
   Eu e meu mundo, eu e meus medos, quero viver numa boa
   Não quero ser levada da minha janela,
   Era o que eu queria falar, nenhum lugar é melhor.
* ● ¸. ★ °:. *. • ○ ° ★☾ . *:. * ● ¸. ★ °:. *. • ○ ° ★☾ . *:. * ● ¸. ★ °:.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alagoas, O Paraíso é aqui!!!


                                          Alagoas,  terra de um povo hospitaleiro,
                                          coração verdadeiro, sempre pronto a abraçar,
                                          a você, turista brasileiro ou estrangeiro.
                                          que vem de longe conhecer este lugar.
                                          Estado de águas claras e mansas,
                                          gente simples que encanta. E como
                                          diz o poeta Setton " Não há quem não
                                          morra de amores pelo meu lugar."                                                           
                                                               Gil Oliveira

Conheça as belezas, a cultura e os valores de uma das regiões mais belas do litoral brasileiro. Vídeo, produzido pelo Arranjo Produtivo Local APL Turismo Costa dos Corais, uma parceria do Sebrae/AL e Governo de Alagoas.

domingo, 28 de outubro de 2012

Fauzi Arap


Eu vou te contar que você não me conhece,
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
Me ouve.
A sedução me escraviza a você
Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso ao que
Eu criei
E não a mim.

E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo

Maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das
Atenções.

Mas a mentira da aparencia do que eu sou,

E a mentira da aparencia do que você é.
Porque eu,
Eu não sou o meu nome,
E você não é ninguém.

O jogo perigoso que eu pratico aqui,

Ele busca chegar ao limite possível de aproximação,
Através da aceitação da distância e do reconhecimento
Dela.

Entre eu e você existe

A noticia que nos separa
Eu quero que você me veja nu
Eu me dispo da noticia
E a minha nudez parada
Te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras
Com as quais
Você me veste.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UCA

http://www.uca.gov.br/institucional/



Formação UCA

Módulo III - atividade- Questionamentos No Cotidiano da Sala de Aula.


                                      A participação e interação dos alunos em sala de aula é de extrema importância para a formação crítica dos mesmos, vale ressaltar que é através dos questionamentos levantados pelo professor, a discussão de temas que gerem um debate produtivo que oportunizará essa interação, fomentando caminhos, descobertas para uma aprendizagem ativa e não monótona. Numa abordagem sistematizada de ensino, obviamente com o cuidado de se estabelecer critérios para esses questionamentos, dando-lhes direção; de modo que se possa observar compreensão por parte dos educandos.

                                                                       Gil Oliveira

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pôr do Sol ( Sorriso Maroto)


Se você deixou de acreditar
Se a vida só faz piorar
Pegue a estrada e desligue o celular
Veja o pôr do sol, em frente ao mar
Problemas na vida todo mundo tem
Você não é pior nem melhor que ninguém
Se quiser amar aprenda a se doar
Faça que os erros te façam crescer
Na dúvida escolha o melhor pra você
Dê mais importância a quem lhe quer bem
E a vida há de ser bem melhor, pode crer
E na vida ame mais sem porém nem porquê
Que a vida passa depressa
Não perca tempo
Que o final só Deus pode prever
Cante a vida, na beleza da imperfeição
Dance a vida, feche os olhos, tire os pés do chão
Viva a vida, ouça os seus discos
Reveja os amigos
Que o melhor nessa vida
É viver de coração!

Ao meu avô Pedro Oliveira


A história do meu avô nada teve de extraordinário, foi um homem simples que soube com maestria transmitir o seu legado de conhecimento, honestidade e profundo afeto, sensível apesar de sua expressão austera, trazia no rosto a marca implacável do tempo e com essas marcas muita história para contar. Gostava de citar frases bíblicas, principalmente provérbios, era um leitor na mais profunda expressão da palavra, a leitura o acompanhava onde quer que fosse, sempre as voltas com um jornal, livros, revistas, bebia de todas as águas literárias. Amante da boa música fez-me crescer no berço esplêndido da música popular brasileira; nomes como Ataulfo Alves, Lupicínio Rodrigues, Nelson Gonçalves, Lamartine Babo, entre tantos outros, eram parte do seu acervo musical e teve uma influência relevante na minha vida. Desde cedo me presenteava com livros e sempre pedia para eu ler ouvindo atento cada palavra, despertando em mim o gosto pela leitura e consequentemente por músicas de qualidade, o que é raro em nossos dias (música de qualidade). 
Obrigada Pedro Oliveira, meu avô, meu pai, meu amigo, sempre serei sua fã!!         A você dedico este poema que fiz quase três meses após sua partida  uma maneira de o homenagear ao tempo em que expressava minha saudade, meu primeiro aniversário sem você!!! 


    Hoje faço 16 anos
não estou alegre nem triste
a vida passa por mim sem que eu a perceba
com seus risos e afãs
com seus sonhos e desencantos
e eu nem sonho nem me desencanto
sinto apenas o desejo de voltar a ser a menina que fui e fazê-la sorrir novamente
mas a menina não mais existe
batam palmas sorriam todos
que a menina que não sorriu em meus lábios há de chorar em meus olhos.
Quando eu era pequena meu avô dizia:
- Dorme filha!
e eu dormia.
Hoje grande lembro do meu avô e falo:
-Acorda Vô!
e meu avô dorme!

                               

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Talentos Alagoanos - Eliezer Setton



Alagoas, terra do proclamador da República e primeiro Presidente do Brasil. Orgulho-me de ser alagoana!!! conheça um pouco da nossa cultura.
                         



Filho de Salomão Setton Neto, que foi Rei Momo do carnaval de Maceió por 19 anos consecutivos, e de Terezinha Otílio Setton, Eliezer Setton começou a compor em 1976 e no ano seguinte participou do seu primeiro festival de música, o que resultou em sua primeira música gravada,Desesperança, e lhe proporcionou o ingresso no já existente Grupo Terra, grupo musical que foi um marco da cultura alagoana do final dos anos 70 e início dos anos 80.
Em 1983, depois de distinguir-se no IV Festival Universitário de Música, promovido pelo Diretório Central Estudantil da Universidade Federal de Alagoas, conquistando o segundo e terceiro lugares como compositor, além do prêmio de melhor intérprete, aventurou-se como músico da noite atuando em Maceió, São Paulo (1984) e Rio de Janeiro (1985-1989), fazendo o tradicional voz e violão. De volta a Maceió, em 1989, continuou sua trajetória de festivais, culminando com as participações no Canta Nordeste (transmitido ao vivo pela Rede Globo para toda a Região), onde foi finalista em 1994 e 1995 com as músicas Serra Pau e Quem dera que sesse, respectivamente.
Compositor eclético, é na música nordestina que vem colhendo os melhores frutos. Da parceria com Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho do Acordeon, surgiu Campo Formoso, o primeiro forró com sanfona e tudo, gravado por Eliezer num disco de Pedro Sertanejo, em 1982. Da parceria com Oswaldinho do Acordeon, nasceu, dentre outras, Na hora H, música que Elba Ramalho gravou em 1992 e foi indicada para o VI Prêmio SHARP. O casamento com o Forró estava sacramentado e o compositor passou a ser gravado pelos intérpretes do cancioneiro nordestino.
No dia 11 de agosto de 1995, no Circo Pirueta, armado na pista de aeromodelismo da Praça Sinimbu, em Maceió, abriu a Primeira Mostra de Inverno de Música, o que seria seu primeiro espetáculo solo à frente de uma banda. O compositor convenceu o intérprete a trilhar também o caminho do forró.
                                                                       
Em 2009, Eliezer amplia o leque de gêneros e grava o CD "Brasil - Hinos à Paisana", cujo repertório contempla dez dos mais representativos hinos do cancioneiro cívico brasileiro.




            .
                         



                                               
Em 2011, Eliezer volta ao Forró no CD "O Quelso", que apresenta uma exclusiva e interessante versão da popular "My way", que ganha ares forrozeiros e ficou "Bem a meu jeito"

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TRADUZIR-SE



Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.



uma parte de mim

é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.



Uma parte de mim

pesa, pondera:
outra parte
delira.



Uma parte de mim

é permanente:
outra parte
se sabe de repente.



Uma parte de mim

é só vertigem:
outra parte,
linguagem.



Traduzir-se uma parte

na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

Ferreira Gullar



domingo, 30 de setembro de 2012

QUEM É VOCÊ?

Quem Sou Eu, Quem È Você?
Entre Dores e Sabores 
Entre Sonhos e Desencantos
Qual a Sua Posição?
Você É Frio Ou Calor?
Alegria ou Solidão?
Em que te Identificas?
Tu És Razão ou Emoção?
Quem É Você?

Gil OLiveira
Fonte da Imagem: Internet

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu Apareço Disfarçada de Todas as Coisas.....


A MENINA TRANSPARENTE
Eu apareço disfarçada de todas as coisas . . .
Posso ser vista no por-do-sol ou no nascer dele.
Eu posso estar através da janela,
Posso ser vista na asa da gaivota
Ou pelo ar que passa por ela.
Muitos me vêem no mar,
Outros na comida da panela.
Posso aparecer para qualquer ser,
Desde ele pequenininho;
Ficar com ele direitinho,
Se tratar de mim como eu merecer.
Uns me pegam pra criar em livro,
Outros me botam num vestido lindo,
Cheio de notas musicais:
Fico morando dentro da música.
Tenho muitas mães e digo mais:
Sou uma criança com muitos pais.
Tem gente que diz que eu nasço dentro da pessoa,
E faço ela olhar diferente,
Pra tudo que todos olham,
Mas não notam.
Ás vezes apareço tão transparente e de mansinho
Que mais pareço um Gasparzinho.
Tem gente que nunca percebe que estou ali,
Não cuida de mim,
Não me exercita.
Eu fico como um laço de fita
Que nunca teve um rabo de cavalo dentro.
Eu fico como uma planta de dentro da casa
Que ninguém molha, conversa nem nada.
Quem me adivinha logo dentro dele,
Quem percebe que estou ali diariamente,
Quem anda comigo e com o meu gingado,
Fica com o coração inteligente
E com o pensamento emocionado.
A esse que eu dou a mão,
E vou com esse para todo lado:
Aniversários, passeios, sono, cama, biblioteca, casa, escola;
Estou com esse a toda hora.
Tem gente que me vê muito na beleza da flor,
No mato, na primavera e no calor.
É que ando muito mesmo.
Eu posso até voar!
Por isso que me vêem no céu, nas estrelas, nos planetas
E nas conversas das crianças.
Quem anda comigo tem muita esperança.
Todo mundo que me tem
Pode me usar e me espalhar por aí.
Quem gosta muito de mim,
Depois que me conhece,
Junta gente em volta como se eu fosse uma festa.
Me usam até em palestra!
Me acordam lá do papel.
Ih! Eu tinha esquecido de dizer
Que, quando a pessoa começa a me escrever,
Eu fico morando no papel.
Toda vez que alguém me lê para dentro eu passo para dentro dele.
Toda vez que alguém me lê para fora, em voz alta,
Como se eu fosse uma música,
Eu passo para dentro de todo mundo que me vê;
Eu posso trazer alento a todo mundo que me escuta.
Tem gente que me pega só numa fase,
Como se eu fosse uma gripe boa,
E como se dessa boa gripe ficasse gripada.
Quero dizer . . .
Eu dou muito no coração de gente apaixonada.
Minha palavra é do sexo feminino,
Brinco com menino e com menina,
Fico com a pessoa até ela ficar velhinha,
Inclusive de bengala;
E depois que ela morre,
Faço ela ficar viva
Toda vez que por mim é lembrada.
Ás vezes eu sou sapeca,
Ás vezes eu fico quieta,
Mas todo mundo que olha através de mim é poeta.
Veja se eu sou esta que fala dentro de você.
Eu não posso escrever porque não sou poeta:
Sou a poesia!
Tente agora fazer um verso.
Se eu fosse você, faria.

                                                       Elisa Lucinda

quinta-feira, 27 de setembro de 2012





Cecília Meireles

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..
."




Retrato


"Eu não tinha este rosto de hoje, 

assim calmo, assim triste, assim magro, 

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles



Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles


Canção Mínima
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

Cecília Meireles


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

È Hora de Parar Um Pouco,,,,,


Expectadores atentos às  vezes distraídos, querendo tempos melhores, dias melhores. E o que estamos fazendo agora, como esperar uma boa colheita se não houver antes disso o compromisso do plantio, do plantio da boa semente, que produzirá bons frutos segundo as nossas obras. Queremos silêncio e não paramos e não silenciamos. A correria, a agitação, as altas vozes se sobressaem e nessa corrida louca vem à dor, a solidão, o vazio, e nem sempre temos alguém com tempo para nos ouvir, acabamos sós. Sozinhos em meio à multidão, carentes de um abraço de um sorriso ou tão somente um aperto de mão.
É hora de parar um pouco, silenciar a mente e aquecer o coração, valorizar os pequenos momentos, eles sim são geradores de uma gigantesca felicidade, de manhã um bom dia, logo após um café informal, estar rodeado por aqueles que nos são tão caros, nossos filhos, pai, mãe, companheiro para quem os tem, há também os parentes que adotamos pelo coração, onde não existem os laços de sangue muito mais do que o sangue há os laços de amor, cumplicidade, doação. É preciso parar, silenciar, emprestar nossos ouvidos para ouvir nosso irmão, companheiros de jornada, aproveitar o tempo sem esquecer nossa lição aqui na Terra, antes que a alma grite Socorro! Esqueci-me de amar de novo.

                                 
Quando deixamos de amar, a dor vem nos visitar!


Gil Oliveira



Texto escrito em 25 de setembro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

VIVA AS DIFERENÇAS!!!!!!

Vou lhes falar aquilo que eu penso,
ver as diferenças é uma questão de senso,
Negro, Branco, Pardo ou Amarelo,
Somos tão belos, todos são belos,
A cor da pele nunca pode segregar,
a fé do outro você deve respeitar,
as diferenças vamos valorizar.
No que eu creio me dá satisfação,                                
não me aproxima de Deus a sua opinião.
Ninguém pertence a ninguém
não queira nunca ser dono de alguém,
ora veja, você pode ter certeza,
seja você rico, pobre,
doutor ou iletrado,
no que a gente crê, no que a gente vê
no que a gente pensa.
ontem, hoje e sempre
VIVA A DIFERENÇA!!!!

Gil Oliveira







segunda-feira, 24 de setembro de 2012

VIDA RIMA COM POESIA

HOMENAGEM A MINHA BISAVÓ, QUE MARCOU A MINHA VIDA, MINHA DINDINHA QUERIDA.

Histórias de Umbelina

Umbelina Januária de Oliveira,
rainha das Sextas-Feiras,
reunia a meninada,
toda prosa e animada,
na frente de nossa casa e tanta história pra contar.
Contava histórias bonitas,
fazia aquela fita, era a Rainha do Lar.
Rompifero e Rompinufe e também João e Maria,
Eram tantas que agora fogem da minha memória.
Mas o melhor eu me lembro,
do aconchego tremendo, que eu sentia a escutar
Viajava em pensamento, era grande aquele momento
O bastante pra eternizar
Eu lembro com alegria, daquela turma que ia,
nas tardes para escutar
histórias de Umbelina, minha bisavó divina,
de quem estou a falar.


Gil Oliveira

domingo, 23 de setembro de 2012

Águia ou Galinha? belíssima reflexão







fonte: www.youtube.com

Ser Professor é.....





Música Na Escola


O ano de 2012 é data limite para que todas as escolas públicas e privadas do Brasil incluam o ensino de música em suas grades curriculares. A exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica



Aprender e Cantar

Uma Motivação a Mais



sábado, 22 de setembro de 2012

Samba da Benção



É melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração...